Projecto ” City Gate” para a cidade de Valeta está na fase final
Relativamente à tipologia do espaço, a entrada e o piso térreo vão servir de espaços dinâmicos para actividades como eventos e exposições, sendo que o acesso aos pisos superiores é possibilitado pelas escadarias entre as diversas secções. O rearranjo espacial vem libertar as fortificações da arcada, que anteriormente escurecidas, podem agora ser vistas em toda… Continue reading Projecto ” City Gate” para a cidade de Valeta está na fase final
Marina Bertolami
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Concebido pelo arquitecto italiano Renzo Piano, o projecto “ City Gate”, desenhado para a capital maltesa, Valeta, está praticamente acabado. Este projecto visa renovar os traços originais e características históricas da cidade, através de um trabalho de paisagismo e de requalificação do espaço público.
Firmado nesta abordagem, o “City Gate” é dividido em quatro partes essenciais: o “portão da cidade”, o teatro ao ar livre, o novo parlamento e o canal paisagístico. Este tem resultado numa estrutura fragmentada e conectada por espaços abertos e jardins. Reavivando o património de parte da cidade com uma subtil combinação de elementos modernos e tradicionais, a arquitectura do lugar é caracterizada pelo seu revestimento em pedra cor de areia, conjugada em diversas texturas. O aproveitamento da energia e a preservação do ambiente são as as principais componentes visadas no design deste edifício, que por um lado tem no revestimento uma forma de atenuar o aquecimento solar e permitir a ventilação dos espaços, por outro, é igualmente eficaz como parte do permutador geotérmico de calor, com 40 orifícios geotérmicos embutidos na pedra com uma profundidade de 140 m (100 m abaixo do nível da água). Cerca de 80% da energia gerada pelo edifício, necessária para a produção de aquecimento no inverno, vai ter origem na cobertura de 600 m2 de painéis fotovoltaicos dispostos no telhado.
Relativamente à tipologia do espaço, a entrada e o piso térreo vão servir de espaços dinâmicos para actividades como eventos e exposições, sendo que o acesso aos pisos superiores é possibilitado pelas escadarias entre as diversas secções. O rearranjo espacial vem libertar as fortificações da arcada, que anteriormente escurecidas, podem agora ser vistas em toda a sua altitude a majestosidade. A fachada principal, esculpida por máquinas controladas numericamente, tem agora uma nova estética que resultou num padrão poroso e tridimensional.
De volta à vida, a Royal Opera House é integrada no projecto “City Gate” na componente do teatro ao ar livre. Quando este espaço não for utilizado para eventos vai actuar como espaço público. Com 1000 lugares, o espaço será a casa dos programas culturais da região que podem ser configurados em várias vertentes devido às estruturas mecanizadas do palco. A Royal Opera House , construída entre 1862 e 1866, pelo arquitecto inglês Edward Middleton Barry foi destruída durante os bombardeamentos aéreos de 1942, na sequência da segunda grande guerra, desde então, as suas ruínas têm sido consideradas evidências arqueológicas da história do arquipélago.