Pontes “amigas do ambiente” sustentam projecto de Jorge Moura nas Maldivas
Duas pontes flutuantes que usam o mar como elemento de suporte para não danificar recifes de coral estão no centro de um projecto que o arquitecto luso-holandês Jorge Moura está a desenvolver numa ilha do arquipélago das Maldivas. Minimizar os impactos ambientais negativos são a principal preocupação de Jorge Moura, que no ano passado foi… Continue reading Pontes “amigas do ambiente” sustentam projecto de Jorge Moura nas Maldivas
Lusa
SIL 2024 atribui prémios e distingue personalidade do ano
ERA: Venda de habitação nova cresce 36% nos primeiros 3 meses do ano
Álvaro Siza homenageado pelo Comité Internacional de Críticos de Arquitectura
Worx: Volume de investimento deverá manter-se em linha com o registado em 2023
Constructel adquire norte americana Verità
Nuno Sepúlveda assume presidência do CNIG
Zome lança serviço “inovador” de verificação de imóveis
Eficiência energética, BIM e construção metálica na agenda do 2º dia da Tektónica
Anjos Urban Palace é o novo projecto de reabilitação da EastBanc
Reynaers confirmada como parceira principal da ZAK World of Façades
Duas pontes flutuantes que usam o mar como elemento de suporte para não danificar recifes de coral estão no centro de um projecto que o arquitecto luso-holandês Jorge Moura está a desenvolver numa ilha do arquipélago das Maldivas.
Minimizar os impactos ambientais negativos são a principal preocupação de Jorge Moura, que no ano passado foi premiado com o NET – Prémio Nacional Energia do Futuro, um galardão holandês que distingue trabalhos de sustentabilidade ambiental.
Na altura foi atribuído ao edifício da Escola de Engenharia da Universidade de Haia, em Delf, na Holanda, desenhado em conjunto por Jorge Moura e Syb van Breda.
No projecto para a ilha nas Maldivas, o maior desafio para o arquitecto, foi “criar a estrutura de pontes sem destruir os recifes de coral que existem no mar” que naquela zona é muito profundo.
Os recifes de coral são as maiores estruturas vivas do planeta e contêm alguns dos maiores depósitos de biodiversidade na Terra, mas há zonas que estão em risco de desaparecer devido à poluição e ao excesso de pesca.
Para os proteger, Jorge Moura idealizou duas pontes – uma com 300 metros e outra com 1500 metros – assentes em suportes flutuantes presos por cabos.
“Como a zona está sujeita a tempestades que provocam ondas de dois metros, as pontes têm três metros de altura de forma a manterem estabilidade”, explicou, em declarações à agência Lusa.
O arquitecto quis aproveitar o mar como elemento natural de suporte das estruturas e inspirou-se em insectos de quatro patas que caminham sobre a água sem ir ao fundo.
“As ilhas das Maldivas são tão bonitas que não apetece mudar nada naquela beleza natural”, comentou o arquitecto sobre o que sentiu quando visitou o local com o objectivo de desenhar o projecto para o Global Projects Development Company.
O projecto envolve a totalidade dos 100 hectares de uma ilha que teve de ser elevada acima da água para criar um complexo com uma área comercial, apartamentos de luxo, um resort, uma zona de restauração, e uma marina.
As pontes, que podem ser percorridas por peões e veículos, vão ligar a nova ilha às ilhas de Male (capital e cidade principal das Maldivas) e Tilafushi.
“Um dos objectivos é que o conceito possa ser usado também no futuro para criar pontes entre outras ilhas sem danificar a vida no fundo do mar”, sublinhou.
Nascido na Holanda há 38 anos, Jorge Moura trabalha há dez anos no atelier Architecture Royal Haskoning, e tem ainda atualmente em mãos projectos no território holandês, no Vietname e na Índia.