Oeiras investe 12 ME para habitação jovem nos centros históricos
A Câmara de Oeiras investiu, desde 2006, cerca de 12 milhões de euros na aquisição e recuperação de edifícios devolutos nos centros históricos do concelho, que serão depois arrendados a jovens até aos 35 anos. Durante a inauguração do segundo edifício recuperado no âmbito do programa estratégico “Habitar Oeiras”, na sua vertente dedicada aos jovens,… Continue reading Oeiras investe 12 ME para habitação jovem nos centros históricos
Lusa
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A Câmara de Oeiras investiu, desde 2006, cerca de 12 milhões de euros na aquisição e recuperação de edifícios devolutos nos centros históricos do concelho, que serão depois arrendados a jovens até aos 35 anos.
Durante a inauguração do segundo edifício recuperado no âmbito do programa estratégico “Habitar Oeiras”, na sua vertente dedicada aos jovens, o responsável por aquele departamento, Pedro Carrilho, disse, à agência Lusa, que a autarquia investiu já cerca de cinco milhões de euros para a aquisição de edifícios devolutos e degradados e sete milhões na recuperação dos mesmos.
Segundo o vice-presidente da autarquia, Paulo Vistas, a autarquia adquiriu já 50 por cento dos fogos, ou seja, 150 dos 300 que pretende comprar e recuperar até 2015, num investimento total de cerca de 28 milhões de euros.
“O objectivo da Câmara é adquirir prédios devolutos, degradados ou até semi-devolutos mas sem qualidade de habitabilidade e direcioná-los para a habitação jovem, de modo a que os jovens criem uma nova dinâmica nos centros históricos”, explicou o vice-presidente na inauguração dos dois novos fogos, na vila histórica de Oeiras.
O autarca referiu que existe “uma forte migração dos jovens do concelho para zonas periféricas ou fora de Oeiras, por força do valor das casas”, considerando que “a população nos centros históricos é cada vez mais envelhecida” e que “é necessário fixar os jovens no concelho”.
“Os jovens trazem uma nova dinâmica, ajudam o comércio local e aumentam o nível de segurança nos centros históricos, que estão abandonados, é isso que pretendemos impulsionar”, explicou Paulo Vistas.
Desde 2006, a autarquia recuperou seis fogos: quatro em Paço de Arcos que já estão arrendados a jovens e dois em Oeiras, hoje inaugurados, que servirão, “numa primeira fase, para transição”.
“Como disse, alguns dos prédios são semi-devolutos. Por isso, estes dois fogos hoje inaugurados vão servir primeiramente para alojar os idosos isolados que viviam num dos prédios, sem qualquer condição, que vai começar agora a ser recuperado [também na vila de Oeiras]”, disse o vice-presidente da Câmara.
Em declarações à agência Lusa, Paulo Vistas afirmou que a autarquia “está a negociar” com os idosos que habitam num dos prédios que foram adquiridos pela autarquia, que viviam “isolados e sem condições”, para que se instalem numa das unidades geriátricas que a autarquia está a finalizar, garantindo que “caso prefiram, poderão continuar a viver nas suas casas”.
Os fogos serão depois disponibilizados para arrendamento para jovens até aos 35 anos, mediante concurso público, e com custos controlados entre a renda social e o preço de mercado, ou seja, de aproximadamente de 300 euros por mês.
As habitações inauguradas nasceram da requalificação de um prédio de dois andares e de um edifício contíguo que a autarquia decidiu anexar. A recuperação, iniciada em 2004 com a aquisição das edificações [por 200 mil euros], resultou em dois apartamentos de tipologia T1 com pátios privativos.