Sustentabilidade discutida no IST
A necessidade de uma arquitectura sustentável, pensada em termos construtivos e sociais, e baseada numa estreita relação com a engenharia, de forma a conseguir um proveito mútuo, foi o mote para a 2ª Conferência Internacional sobre Relações Simbióticas entre Engenharia e Arquitectura, na, qual participaram Chris Luebkeman, professor e director da Global Foresight and Innovation… Continue reading Sustentabilidade discutida no IST
Ana Rita Sevilha
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A necessidade de uma arquitectura sustentável, pensada em termos construtivos e sociais, e baseada numa estreita relação com a engenharia, de forma a conseguir um proveito mútuo, foi o mote para a 2ª Conferência Internacional sobre Relações Simbióticas entre Engenharia e Arquitectura, na, qual participaram Chris Luebkeman, professor e director da Global Foresight and Innovation Ove Arup & Partners de Londres, Mário Sua Kay, arquitecto e professor no Instituto Superior Técnico (IST), e António Reis, professor de engenharia no IST.
«Como será o mundo em 2050?» e «Como iremos partilhar a Terra com nove biliões de vizinhos?», foram algumas das perguntas feitas por Chris Luebkeman, durante a apresentação de «Drivers of Change 2006», que pretende apresentar os principais factores sociológicos, tecnológicos, económicos, ambientais e polÃÂticos que irão afectar o mundo no futuro, e ajudar a compreender a melhor maneira de incorpora-los em estratégias de negócio mais eficazes. O impacto das mudanças a que temos vindo a assistir, tais como o envelhecimento da população mundial, a degradação do ambiente, a falta de água potável, foram alguns dos factores apontados na conferência como importantes no âmbito da urgência de uma arquitectura sustentável e pensada para o futuro. Chris Luebkeman, referiu que o importante não é fazer edifÃÂcios modernos e esteticamente agradáveis, mas sim, edifÃÂcios para as pessoas, e estas querem conforto e bem-estar.
O facto de a população mundial estar a envelhecer é outro dos factos a ter em conta, os edifÃÂcios têm de se adequar a uma população que quer viver mais tempo, e que necessita de ter uma arquitectura adequada às suas necessidades. Chris Luebkeman apontou também o conceito e os vários programas como factores que têm de ser encarados de outra forma, uma vez que, por exemplo, um hospital não pode nem deve ser encarado de uma forma diferente de um hotel, pois não existem muitas diferenças entre ambos, uma vez que têm de ser projectados a pensar no conforto e no bem estar de quem os vive.
O director da Global Foresight and Inovation Ove Arup & Partners, focou o facto de arquitectos e engenheiros terem grande responsabilidade na preservação do ambiente, uma vez que as opções que tomamos hoje terão repercussões no amanhã, e alertou para o facto de ser urgente ganhar consciência e conhecimento sobre estes assuntos, e principalmente questionar a maneira como as coisas são feitas e recorrer a alternativas. Mário Sua Kay e António Reis, foram outros dos participantes desta conferência, apresentando as inovações na arquitectura e engenharia em Portugal, respectivamente.
A necessidade de arquitectos compreenderem a engenharia, e engenheiros pensarem a arquitectura, foi um dos factos abordados por Mário Sua Kay, referindo que «o primeiro passo para fazer boa arquitectura é gostar de engenharia», e que «a engenharia também desenha», frisando a necessidade de mudar a atitude dos engenheiros, levando-os a pensar conjuntamente com arquitectos nos conceitos e contextos das obras. António Reis, focou a dificuldade por vezes sentida por engenheiros no relacionamento com arquitectos, uma vez que este não acontece numa fase preliminar do projecto, acabando por condicionar os graus de liberdade de engenheiros e arquitectos, originando problemas que por vezes se tornam bastante difÃÂceis de resolver, e que acabam por ter consequências no projecto.