Nova igreja nasce no Parque das Nações
Orçada em quatro milhões e meio de euros, e com o lançamento da primeira pedra agendado para 2007, a igreja desenhada por Dias Coelho só estará concluÃÂda em 2013 Foi apresentado recentemente, pela Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes, o projecto da futura igreja a erigir na zona norte da Expo, junto ao Parque do… Continue reading Nova igreja nasce no Parque das Nações
Rita Silva
SIL 2024 atribui prémios e distingue personalidade do ano
ERA: Venda de habitação nova cresce 36% nos primeiros 3 meses do ano
Álvaro Siza homenageado pelo Comité Internacional de Críticos de Arquitectura
Worx: Volume de investimento deverá manter-se em linha com o registado em 2023
Constructel adquire norte americana Verità
Nuno Sepúlveda assume presidência do CNIG
Zome lança serviço “inovador” de verificação de imóveis
Eficiência energética, BIM e construção metálica na agenda do 2º dia da Tektónica
Anjos Urban Palace é o novo projecto de reabilitação da EastBanc
Reynaers confirmada como parceira principal da ZAK World of Façades
Orçada em quatro milhões e meio de euros, e com o lançamento da primeira pedra agendado para 2007, a igreja desenhada por Dias Coelho só estará concluÃÂda em 2013
Foi apresentado recentemente, pela Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes, o projecto da futura igreja a erigir na zona norte da Expo, junto ao Parque do Tejo, em Lisboa, orçada em quatro milhões e meio de euros.
«O Parque das Nações é uma zona habitacional recente, sem grandes estruturas sociais que forneçam serviços àcomunidade local, entre eles um espaço religioso e cristão que possa servir a comunidade católica que aàreside» explicou ao Construir o padre Paulo Franco, da paróquia promotora do projecto, acrescentando que «os residentes eatavam ligados a Santa Maria dos Olivais, Moscavide ou Santarém.
Da responsabilidade do arquitecto José Maria Dias Coelho e da empresa DOG, abreviatura de Direcção, Organização e Gestão, que venceram o concurso por convite lançado pela paróquia no final de Novembro de 2005, esta infraestrutura terá uma torre sineira com 42 metros de altura, um templo com capacidade para acolher cerca de 500 a 600 pessoas sentadas, capela, sacristia, uma sala para babby sitting, (com montra de vidro para o templo e saÃÂda de som) capelas mortuárias, secretariado, um gabinete do pároco e do vigário paroquial, assim como um auditório, salas de apoio e um centro pastoral, equipado com salas de catequese, de encontros e de actividades juvenis, entre outras.
O novo templo, a erguer num terreno com cerca de quatro mil metros quadrados, foi adquirido àParque Expo por 250 mil euros, e incluirá ainda uma zona comercial, com restaurante/ snack bar, café com esplanada, uma pequena loja/ quiosque e um parque de estacionamento em semi-cave com capacidade para 100 a 140 carros.
A residência paroquial irá dispor de quartos, salas de trabalho, cozinha com sala de jantar e uma sala comum. O parque de estacionamento e a zona comercial serão concessionados, de forma a permitir que o projecto se auto-financie parcialmente.
CaracterÃÂsticas arquitectónicas
Segundo José Maria Dias Coelho, «as bases do concurso especificavam que a nova igreja deveria ter representações dos Mistérios Luminosos do Rosário. Assim, surgiu a ideia de conformar o espaço com luz, para o que decidimos que a igreja teria vitrais a toda a volta». Para evitar que, de noite, o espaço se tornasse escuro e frio, a equipa de arquitectos, que inclui ainda Alfonso Fungairinho, Duarte Pinto e Pedro Telles Robalo, optou por rodear o «edifÃÂcio de uma segunda pele translúcida afastada uns poucos metros dos vitrais: de dia não impede a entrada da luminosidade, matizando-a; de noite, com iluminação artificial entre os dois planos, consegue-se manter a leitura dos vitrais».
Esta «pele», que funcionará como uma fachada ventilada mas autoportante, de pedra translúcida com oito milÃÂmetros, tem a mais valia de « aumentar o volume sem aumentar a área de construção», o que também favorece outro dos objectivos do programa do concurso, que «pretendia que o edifÃÂcio tivesse a notoriedade inerente àsua função e não ficasse esmagado pela presença muito próxima da enorme ponte Vasco da Gama e das cinco torres de habitação vizinhas», esclarece José Dias Coelho.
Para além disso, este recurso arquitectónico «evoca as velas de um barco, o que vai de encontro ao facto de a paróquia estar dedicada a Nossa Senhora dos Navegantes». A forma cilÃÂndrica do edifÃÂcio vem do pedido de centralidade feito no programa iconográfico que a promotora do projecto entregou aos concorrentes.
No que diz respeito aos edifÃÂcios que serão construÃÂdos anexos àigreja, «terão uma base e cobertura com ligeiras ondulações justificadas pelas funções, mas que ajudarão a dar um sabor náutico ao conjunto, podendo-se comparar o volume central da igreja a uma nave almirante num mar acolhedor», salienta o arquitecto.
Apesar da benção da primeira pedra estar agendada para 2007, o inÃÂcio da primeira fase de construção será somente em 2010, um ano depois começará a segunda fase, e em 2012 está prevista arrancar a terceira e última fase do processo. A inauguração oficial e dedicação da igreja àNossa Senhora dos Navegantes deverá ocorrer somente em 2013. Os licenciamentos deverão estar concluÃÂdos em meados de 2008, e o lançamento do concurso para a construção, assim como o lançamento da primeira pedra deverão ocorrer em 2009.
O simbolismo da nova igreja
A nova igreja do Parque das Nações, será um edifÃÂcio em que a luz terá papel preponderante. Com vitrais em toda a volta, o edifÃÂcio terá ainda uma segunda pele em material translúcido, afastada uns cêntimetros dos vitrais, de forma a que, de noite através de iluminação artificial entre os dois planos, a leitura dos vitrais seja perceptÃÂvel.
Para além da luz, a centralidade é outra doas caracterÃÂsticas do projecto, reflectida no edifÃÂcio através da forma cilÃÂndrica do mesmo. A igreja terá assim a notoriedade requerida pela função que irá exercer, e o simbolismo pedido no programa iconográfico, impondo desta forma a sua presença, numa zona esmagada pela ponte Vasco da Gama.