Meeting Point perde fulgor em 2005
O Barcelona Meeting Point terminou a 30 de Outubro, recebendo perto de 22 mil visitantes profissionais. Mas para as entidades portuguesas presentes naquele salão imobiliário, a edição deste ano foi das mais fracas dos últimos tempos O Salão Imobiliário de Madrid (SIM) e o Mercado Internacional dos Profissionais de Imobiliário (MIPIM), em Cannes, começam a… Continue reading Meeting Point perde fulgor em 2005
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O Barcelona Meeting Point terminou a 30 de Outubro, recebendo perto de 22 mil visitantes profissionais. Mas para as entidades portuguesas presentes naquele salão imobiliário, a edição deste ano foi das mais fracas dos últimos tempos
O Salão Imobiliário de Madrid (SIM) e o Mercado Internacional dos Profissionais de Imobiliário (MIPIM), em Cannes, começam a desenhar-se como dois concorrentes de peso ao Barcelona Meeting Point (BMP), apesar de se realizaram em diferentes épocas do ano. De acordo com Henrique Lacalle, presidente do comité organizador do BMP, o salão «superou todas as expectativas, consolidando-se como a grande cidade do imobiliário no Outono».
Contudo, a opinião de alguns dos presentes no Salão não vai ao encontro desta afirmação, nomeadamente no que respeita aos participantes portugueses, cuja representação foi a maior a nÃÂvel internacional. Na verdade, segundo o arquitecto João LuÃÂs Ferreira, do ateliê Promontório, os stands nacionais, nomeadamente o da câmara de Lisboa «estavam muito bons e interessantes, sendo o dia da apresentação do presidente da autarquia, Carmona Rodrigues um dos mais concorridos». No entanto, «houve muito pouca gente.
Tem para nós interesse estar lá, até porque temos um ateliê em Espanha, mas acho que a feira está com muito pouco vigor. O BMP acaba por não ser um local privilegiado para fazer negócio, mas apenas para fazer contactos», disse João LuÃÂs Ferreira, que foi apresentar o projecto da Praça de Entrecampos, integrado no stand da Ambelis. Aliás foi neste stand que se apresentaram uma série de projectos a ser desenvolvidos em Lisboa, como por exemplo os Jardins de Braço de Prata, do arquitecto italiano Renzo Piano.
Para João LuÃÂs Ferreira, a melhor feira de imobiliário continua a ser a de Cannes, onde se concentram todas as cidades do mundo e onde existe de facto um objectivo de fazer negócio, ao passo que o BMP «é actualmente uma feira de estratégia». O Salão Imobiliário de Lisboa é já mais apetecÃÂvel que o BMP. Isto porque, a presença portuguesa em Barcelona, apesar de ser a maior a nÃÂvel internacional, é mais institucional não se ficando com a ideia de onde se pode investir.
Fonte da Arqui 300 reparou que começa a fazer mais sentido ficar por Lisboa, onde os investidores espanhóis vêm bastante, pois ficam com uma melhor ideia sobre que tipo de projectos estão a ser realizados e de onde se pode investir.
Para Miguel Saraiva, da Rocha e Saraiva, também eles presentes no BMP, «a feira está a perder importância», e acrescenta ainda que «Madrid tem muito mais potencial para nós. O BMP só serve para manter os contactos». Por sua vez, Rui Alegre, presidente executivo da Amorim Imobiliária, que foi apresentar o projecto Dolce Vita, adiantou que a sua presença é acima de tudo «institucional», mas que a edição deste ano estava de facto mais fraca.
Opinião contrária tem o arquitecto Capinha Lopes para quem a feira de Barcelona «correu muito bem». «Tem tudo a ver com as expectativas. As feiras têm sempre a vantagem de serem uma fogueira de vaidades e são sempre oportunidades para fazer contactos. Lá não faço negócio, mas por exemplo no SIL, fiz muitos e surgiram excelentes oportunidades». Para este arquitecto, o salão de Madrid também já começa a superar o BMP e a ter mais importância.
Balanço e novidades
Os números do BMP 2005 parecem contrariar o panorama desenhado por alguns dos participantes portugueses. Este ano contaram-se quase 22 mil visitantes profissionais, aumentado em relação ao ano passado. O número de expositores também aumentou de 625 para 630, num ano em que estiveram presentes 77 paÃÂses, representados por 5310 empresas, das quais quase três mil nacionais, e mais de duas mil internacionais. Também para contrariar a ideia de que o BMP está a perder importância é a reserva de mais de 80 por cento do espaço do BMP 2006, edição do décimo aniversário, e que se realizará, segundo fonte da organização, entre 7 e 12 de Novembro de 2006.
A mudança de datas de realização do certame não é, no entanto, a única novidade do BMP 2006. Enrique Lacalle anunciou ainda a preparação de dois novos salões do imobiliário – o East Meeting Point, a realizar em Varsóvia, capital da Polónia, outro paÃÂs com uma forte representação em Barcelona, e o Lisboa Meeting Point, dedicado ao Turismo Residencial e Hotelaria, e recentemnete anunciado por Carmona Rodigues.