OPCA garante construção do Centro de Artes da Covilhã
A construção do novo complexo cultural da cidade beirã não tem ainda data definida para o inÃÂcio da construção. A Empreiteiros Casais vai interpor uma providência cautelar sobre a decisão da autarquia A OPCA, em consórcio formado com a Construtora do Lena e a Lambelho e Ramos, garantiu recentemente a adjudicação do novo Centro de… Continue reading OPCA garante construção do Centro de Artes da Covilhã
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A construção do novo complexo cultural da cidade beirã não tem ainda data definida para o inÃÂcio da construção. A Empreiteiros Casais vai interpor uma providência cautelar sobre a decisão da autarquia
A OPCA, em consórcio formado com a Construtora do Lena e a Lambelho e Ramos, garantiu recentemente a adjudicação do novo Centro de Artes da Covilhã, uma obra promovida pela autarquia beirã.
Este complexo, que promete revitalizar a componente cultural daquela região, está avaliada em cerca de dez milhões de euros e deverá estar concluÃÂda dentro de 13 meses, de acordo com a proposta apresentada pelo consórcio.
O projecto, assinado pelo arquitecto Tomás Taveira e cujos trabalhos de engenharia estarão a cargo da Proengel, prevê a construção de uma importante estrutura no centro urbano da cidade e, de acordo com a OPCA, «com capacidade para acolher eventos de dimensão nacional e internacional». A ideia passa por concentrar na Covilhã, destino turÃÂstico que beneficia da proximidade com a Serra da Estrela, um conjunto de actividades artÃÂsticas e culturais que atraiam público não só da região, como também população espanhola. À partida estão criadas condições para «a produção e o intercâmbio cultural de âmbito regional e internacional».
O Construir tentou junto do arquitecto Tomás Taveira obter informações mais detalhadas sobre o teor do projecto, mas tal não foi possÃÂvel até ao fecho desta edição.
Complexo de edifÃÂcios
Contudo, o projecto aprovado não deve diferir daquele que inicialmente havia sido apresentado àautarquia da Covilhã. Mais do que criar uma estrutura única, Taveira optou por criar um conjunto de edifÃÂcios que permitirão agilizar as actividades do Centro de Artes. A área de construção ronda os 8.300 metros quadrados, ao passo que a área de espaços exteriores ronda os 8.500 metros quadrados. A área central servirá de núcleo do Centro de Artes e, além da zona de recepção, que fará a ligação entre todo o edifÃÂcio através de um átrio, prevê ainda a criação de um auditório ao ar livre. O edifÃÂcio localizado mais a sul vai acolher o estacionamento, sendo que o elemento sombra será criado através da arborização do local. A norte será criado um lago artificial, para contemplação do elemento «natureza».
A decisão está contudo envolta em alguma polémica, com o consórcio concorrente, liderado pela Empreiteiros Casais e onde também está presente a Somague, a garantir a contestação da decisão da autarquia da Covilhã.
Ao que o Construir conseguiu apurar, está em estudo a apresentação de uma providência cautelar e a apresentação de uma exposição escrita junto do Tribunal de Contas por parte da Empreiteiros Casais, onde é feita referência ao facto de a primeira fase do projecto adjudicado ter sido inicialmente reprovado pela comissão de acompanhamento do processo.
Negociação directa
Esta adjudicação foi feita por negociação com o promotor da obra, depois de em 2001 os responsáveis pela Câmara Municipal da Covilhã terem cancelado o concurso público, sendo que em todo o processo estiveram envolvidos os dois consórcios por terem apresentado as melhores propostas. Em 2004, a OPCA e a Empreiteiros Casais foram convidadas a discutir os elementos mais relevantes em cada uma das propostas, nomeadamente os valores, sendo que a opção final acabou por recair sobre o consórcio liderado pela OPCA.
O arquitecto Filipe Oliveira Dias, no projecto que foi rejeitado, propôs a criação de um edifÃÂcio único onde o principal elemento seria o auditório com capacidade para 800 lugares, podendo ser variável consoante o tipo de espectáculo. De acordo com a proposta, veiculada pela Empreiteiros Casais, a lotação poderia ser reduzida a metade e o volume da sala ficar igualmente limitado, estando assim garantidas as melhores condições acústicas e «maximizando a economia energética relativa àremoção de ar, àtemperatura e àluz». O projecto da Empreiteiros Casais e da Somague previa também duas salas estúdio que funcionariam como salas de cinema.
De acordo com o arquitecto responsável pelo projecto, «os percursos do público, dos actores, dos técnicos e dos administrativos são fáceis e directos, quer na actividade normal, quer numa situação de emergência. No exterior do Centro de Artes, um anfiteatro ao ar livre, um belo espelho de água, os suficientes lugares de estacionamento e a adequada organização de acessos e percursos completam o conjunto», pode ler-se na apresentação do projecto que consta no endereço electrónico do arquitecto na Internet.