Compra de quarteirão na baixa de Lisboa envolveu mais de 66 M€
O Augusta Lisbon, vendido pela JLL a um fundo da Norfin, ocupa um quarteirão completo formado por cinco edifícios. Para aquele conjunto de imóveis está previsto um mix de habitação, retalho e hotelaria
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Detido pelo Fundo de Pensões do Banco BPI, o Augusta Lisbon foi vendido a um fundo gerido pela Norfin, tendo sido assessorado pela consultora JLL
O departamento de Urban Development da JLL foi mandatado no final de 2017 para vender o quarteirão designado por Augusta Lisbon, cuja transacção, a ser concretizada nas próximas semanas, foi realizada por um valor acima de 66 milhões de euros.
Também conhecido como quarteirão do BPI, o Augusta Lisbon é delimitado por quatro das mais importantes ruas da Baixa – a Rua Augusta, Rua do Ouro, Rua do Comércio e Rua de São Julião – e tem uma área bruta de construção de 11.100 m2.
Um dos seus grandes atractivos prende-se com a versatilidade em termos de desenvolvimento imobiliário, já que permite conjugar os usos de habitação, retalho e hotelaria, apresentando por isso forte potencial para acolher um dos maiores empreendimentos imobiliários do centro histórico de Lisboa.
O activo ocupa um quarteirão completo formado por cinco edifícios, quatro dos quais actualmente ocupados pelo BPI.
Manuel Puerta da Costa, administrador da BPI Gestão de Activos e gestor do Fundo de Pensões do Banco BPI, afirma: “Está prevista a desocupação do conjunto de quatro edifícios pelo inquilino até ao final de 2018. Este desinvestimento permite realizar uma importante mais valia, que reforçará os capitais do Fundo de Pensões, abrindo-lhe novas opções de investimentos imobiliários alternativos, com interessante potencial de valorização e rendimento.”
Pedro Lancastre, director geral da JLL, indica que “pela sua localização e potencial, o Augusta Lisbon é um activo de excepção, num mercado onde os investidores procuram cada vez mais projectos de grande dimensão para desenvolvimento imobiliário e onde um dos grandes desafios é a falta de produto. Iniciámos, por isso, o seu processo de venda com as expectativas elevadas, mas o entusiasmo que o activo gerou junto dos investidores superou-as em muito. Trata-se de uma transacção icónica não só pela sua dimensão e importância para o mercado imobiliário, mas sobretudo pelo impacto que terá na cidade de Lisboa, já que vai avançar a reabilitação de um quarteirão inteiro na Baixa, requalificando toda aquela zona e criando mais um ponto de atracção de pessoas e de criação de riqueza”.
“Por conjugar um potencial de desenvolvimento de elevado valor numa localização prime e de grande procura turística e residencial, em pleno coração da Baixa, este é um activo único. Trata-se de uma oportunidade que dificilmente se repetirá no mercado e isso reflectiu-se durante todo o processo de venda. A aquisição do quarteirão foi fortemente disputada, com um elevado número de propostas e pedidos de informação por parte de players de vários pontos do globo, sugerindo para ali vários programas de reabilitação contemplando usos de retalho, residencial e hotel”, diz Gonçalo Santos, o novo director de Urban Development da JLL.